
Sempre sob a protecção paternal trabalha na Fundição Viúva de José Pedro Marcelo, na Fundição Ribeiro & Branco, ambas em Lisboa, na Fundição da Fábrica de Tecidos Campos, Melo & Irmão na Covilhã e em 1903 regressa a Sever do Vouga para trabalhar na fundição das Minas do Braçal.
Nesse ano perde seu pai e, com 18 anos, casa-se com D. Maria de Jesus Pereira. Depois de uma fugaz passagem pela fundição das Minas de Aljustrel deslocam-se para Ponta Delgada, nos Açores, já com o filho Américo, nascido em 1908 em Sever do Vouga.
Começa por trabalhar na fundição de Francisco Paula Moura; passado pouco tempo segue o percurso emigratório de muitos açoreanos e ei-lo, na companhia dos seus irmãos Angelino e Adriano, a trabalhar numa fundição de Boston, nos Estados Unidos da América
Não se mantém nos E.U.A. por mais de um ano e regressa a Ponta Delgada onde começa por montar uma fundição de bronze com o objectivo de fabricar sinos. Entretanto, em Dezembro de 1911, nasce, naquela cidade, o filho Albérico. Pouco depois arranca com a sua primeira fundição de ferro - a Fundição Lisbonense - que vem põr em risco a hegemonia, no arquipélago, da Família Bensaúde que acaba por estabalecer um acordo com o jovem, aguerrido e já competente fundidor.
Passa assim o conturbado período da guerra 14/18 estabilizando e desenvolvendo a sua empresa que em 1921, vende aos Bensaúdes, regressando ao continente e fixando-se em Albergaria-a-Velha onde instala uma fundição de ferro como nome inicial de "Lisbonense" e que logo altera para "Fundição Albergariense".
Fonte: Eng. José António Piedade Laranjeira em Revista Fundição (Associação Portuguesa de Fundição) nº 2006 [republicado no Jornal de Albergaria de 19.05.1998] (adaptado)
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