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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

"ALBA - ALBERGARIA-A-VELHA | Ser e (re)Ser - Da unidade fabril à unidade urbana - o projecto e a construção de uma singularidade urbana entre sonho e a vida" (09-11-2012)



Rui Tavares, investigador do Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da FAUP, natural de Aveiro, integrou a comissão científica da 1º conferência Filantropia e Arquitectura: período 1880.1920, organizada pela Universidade Lusíada de Lisboa.

Para além da sua intervenção ao nível das Keynotes, o investigador do CEAU irá ainda participar como orador nesta conferência, com a comunicação intitulada "ALBA - ALBERGARIA-A-VELHA | Ser e (re)Ser - Da unidade fabril à unidade urbana - o projecto e a construção de uma singularidade urbana entre sonho e a vida", com Ania Abrantes - Arquitecta, mestre em Património e diplomada pelo CEAPA - FAUP.


Resumo da comunicação:
 
A Fábrica Alba, fundada em Albergaria -a-Velha ainda durante o período da primeira república é, então, uma das indústrias metalúrgicas de produção de materiais domésticos e equipamentos diversos que se apresenta como uma unidade de ponta, em tecnologia e em projecto económico e social.

Dominada pelo seu fundador e principal técnico, Martins Pereira (Comendador) empresário empreendedor e de fortíssima consciência social e humana, a fábrica Alba vem a tornar-se em um caso de sucesso nacional, de grande nível económico, social e cultural, contribuindo, decisivamente, para conhecimento das características da indústria nacional fora de Portugal.

A sua carteira de encomendas permite-lhe dominar, praticamente, o panorama nacional ao nível da produção de materiais de consumo e equipamento doméstico, bem como de equipamentos diversos para os espaços urbanos de Portugal (são, verdadeiramente, os primeiros desenhos e produtos nacionais para os jardins e outros espaços das nossas cidades e vilas). 


Só por isso a sua importância é de uma notável afirmação e colhe um lugar de destaque na economia nacional, entre a primeira república e o Estado Novo; mas não foi só no panorama da produção industrial que o seu lugar se evidenciou, pois a consciência do seu fundador, conhecedor informado e viajado pela europa e pelo mundo, cedo se afirmou como uma distinção de carácter empresarial e, então, acolhe uma obra pioneira (pela sua natureza e dimensão urbana) no panorama nacional: a unidade fabril é a sede e o elemento gerador de um conjunto de outros elementos e acções construtivos, tendo como objectivo primeiro o bem estar da sua população operária e, como objectivo segundo, o bem estar da população que habita a então "minúscula" e "paupérrima" vila de Albergaria-a-Velha, situada na antiga estrada real, entre Aveiro, Águeda e Coimbra; (...)

(...) assim, as unidades de residência dos operários e dos funcionários superiores e dos donos da empresa, complementam o estádio de futebol, o cine-teatro, o hospital, a casa da criança, as residências dos juízes, desenhando uma estrutura urbana de facies modernista e já não, "nunca mais", de facies oitocentista, afirmando a capacidade de estar no seu tempo histórico estando em outros tempos históricos que se abriam como um futuro sonhado e vivido.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Apresentação de Miguel Estima na Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (Maio de 2008)

O curso de Design e Desenvolvimento de Produtos (DDP) da ESTA (Escola Superior de Tecnologia de Abrantes) é recente e os estudantes ainda não são muitos. Talvez por isso, a primeira conferência tenha tido um certo tom intimista. (...)

[No segundo dia dos trabalhos] Miguel Estima, docente no Instituto Politécnico de Castelo Branco, iniciou a sessão, com a apresentação de uma marca nacional, a ALBA, metalúrgica que foi exemplo de modernidade durante o Estado Novo.

A “modernidade e o luxo” são as palavras com que Miguel Estima define a empresa, um marco em inovação aliado a matérias como o ferro. Além da modernidade e inovação, a empresa, segundo Miguel Estima, destacou-se por “submeter a localidade à entidade empresarial”, promovendo toda uma campanha de Marketing que passava pelo desenvolvimento de um logo e pela promoção através de associações e obras de cariz social.

A ALBA foi apresentada como um exemplo de sucesso português, que Miguel Estima define como “ a actualidade que nunca deixa de parte o lado utilitário”.

Fontes: JME / Noélia Barradas / ESTA

domingo, 15 de novembro de 2009

Dissertação de Miguel Estima

José Miguel de Jesus Estima elaborou uma Tese de Mestrado subordinada ao tema "A fábrica Metalúrgica Alba 1921-1960: Produção de Cultura Material no período do Estado Novo".

O trabalho foi enviado para o "Royal College of Art" no âmbito do seu Mestrado em Arte no curso de História do Design promovido pelo "Royal College of Art" e pelo "Victoria and Albert museum".

Referência: RR006RCAMA

Mais informações

Portugal esteve sob um regime autoritário entre 1933 e 1974; a mais longa ditadura de extrema-direita na Europa, conhecida como "Estado Novo".

Este Estado repressivo tinha um programa específico, económico e estético dominado por ideias nacionalistas e nos nostálgicas.

Durante este período, uma empresa chamada Alba produziu uma vasta gama de produtos de ferro fundido, de electrodomésticos e mobiliário urbano.

A Alba teve um forte impacto no desenvolvimento, produção e distribuição de seus produtos em todo o território Português e colónias e, ainda hoje, está "gravada" na memória colectiva do povo português.

Este estudo procura compreender as condições em que esta "cultura material" foi produzida em Portugal durante a época da ditadura, analisando o "caso Alba" como paradigmático da realidade industrial daquele tempo.

Fonte: J.M.E.